Ecoendoscopia

Conhecida também como ultrassonografia endoscópica, é a junção de endoscopia e ecografia. Exame que é feito por um aparelho de endoscopia que possui em sua ponta um pequeno transdutor de ultrassom, o qual permite que, além da visão endoscópica a visão ultrassonográfica. Isto possibilta a avaliação as paredes do esôfago, estômago, duodeno, cólon e reto, além do estudo dos órgãos adjacentes ao trato digestivo, como pâncreas, a vesícula e as vias biliares.

A ecoendoscopia é realizada por um especialista em endoscopia. O profissional deve ter conhecimentos em endoscopia digestiva e ultrassonografia. Normalmente, este exame é solicitado ao paciente na sequência de exames endoscópicos ou de imagem, com o objetivo de esclarecer achados desses exames ou complementar a investigação.

É indicada para avaliar as doenças do pâncreas, da vesícula e das vias biliares, lesões das paredes do esôfago, estômago e duodeno, estadiamento de tumores , assim como linfonodos aumentados e massas tumorais suspeitas de câncer nas regiões do tórax  e do abdome superior. A ecoendoscopia permite  fazer biópsias dessas estruturas com uma agulha, a qual passa por dentro do aparelho para atingir o órgão, obtendo tecido destas estruturas para estudo. A ecoendoscopia permite também fazer procedimentos mais invasivos como drenagem de coleções/cistos no abdome superior e etc.

Se for ecoendoscopia alta, ou seja, para avaliar esôfago, estômago, duodeno, pâncreas e vias biliares será necessário jejum de sólidos de 8 horas e líquidos entre 4-6 horas. Se for ecoendoscopia baixa, ou seja, para avaliar canal anal, reto e transição retossigmóide, além do jejum será necessário fazer preparo intestinal. 

O paciente pode ser sedado, como na endoscopia, ou anestesiado, como em uma cirurgia. Vai depender do que será feito, do tempo necessário para se fazer, das condições clínicas do paciente e de patologias que esse paciente possui. Com todas essas variações possíveis, o exame tem duração média de 1 hora.

Os riscos são os mesmos de se realizar uma endoscopia ou colonoscopia. O sangramento pós-punção pode ocorrer, mas sua incidência é tão baixa como na endoscopia, ocorrendo em menos de 1% dos casos. A perfuração pela passagem do aparelho também tem incidência baixa, menos de 0,5% dos casos. Já a dor pós-exame pode ocorrer pois a agulha irá adentrar na lesão e/ou órgão examinado. No caso do pâncreas, pode ocorrer uma pancreatite pós-punção, em até 2% dos casos, levando ao quadro de dor abdominal até 48 horas após o exame. O risco de sangramento está associado a punção e atinge cerca 0,4% casos. (fonte SOBED.org.br)

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