A endoscopia digestiva alta (ou esofagogastroduodenoscopia) permite ao médico examinar o tubo gastrointestinal superior do paciente, que inclui o esôfago, estômago e duodeno (primeira porção do intestino fino). É utilizado um tubo fino e flexível chamado de endoscópio, que possui uma luz e uma câmera de vídeo na extremidade, permitindo a visualização interna dos órgãos.
A endoscopia digestiva alta (EDA) é realizada para investigar sintomas abdominais como por exemplo, dores persistentes, náuseas, vômitos, dificuldade de engolir ou azia.
Diagnóstico de doenças do esôfago, estômago e duodeno, como esofagites, hérnia de hiato, gastrites, úlceras, câncer, pólipos etc. Geralmente são realizadas biópsias (retiradas de amostras de tecidos) para avaliação das células. Biópsias são realizadas por meio de pinças especializadas.
Na EDA podem ser realizados procedimentos terapêuticos como retirada de pólipos, tratamento de sangramentos, injeção de substâncias e etc.
Para realizar a EDA normalmente são necessários 8h de jejum de sólidos e 4-6h de jejum de líquidos.
A EDA pode ser realizada com anestesia tópica (um anestésico na garganta) e com sedação, utilizando medicação administrada por uma veia, com acompanhamento de um medico anestesista, para permitir que você relaxe e adormeça.
O paciente é colocado numa posição confortável (deitado do lado esquerdo) e o endoscópio é passado com pela boca, percorrendo o esôfago, estômago e duodeno. É insuflado ar durante todo o exame para permitir avaliação dos órgãos.
Caso não haja intercorrências, a duração média do procedimento diagnóstico é de 20 minutos. Procedimentos terapêuticos podem necessitar de mais tempo.
O paciente permanecerá na sala de recuperação por cerca de 30-40 minutos, até que os efeitos das medicações sedativas desapareçam.
É importante ter um acompanhante adulto para que seja liberado do hospital, uma vez que a sedação poderá afetar a sua capacidade de raciocínio, decisão e reflexos, assim como capacidade de dirigir carros ou motos naquele dia.
Após o exame, o paciente poderá voltar a sua dieta normal e fazer uso de suas medicações habituais exceto se houver alguma orientação especial.
A EDA é um exame seguro. No entanto, como todo ato médico, ela não é isenta de riscos.
A complicação mais frequente é flebite (dor e inchaço no trajeto da veia puncionada) que pode acontecer em até 5% dos casos, dependendo da medicação utilizada para sedação. Complicações mais sérias são muito raras ocorrendo em menos de 0,2% dos casos, podendo estar relacionadas ao emprego de medicamentos sedativos ou ao próprio procedimento endoscópico. (fonte SOBED.org.br)